Tenho me sentido feliz,
contente, alegre mesmo. Ouço quem me conhece dizer, quem me ama amar, e vivo
sentindo essa coisa que só pode ser a tal felicidade. Aquele calorzinho que vem
subindo, esquenta as bochechas e faz nascer um sorriso de dentro para fora que
toma conta de tudo de fora pra dentro.
Mas aí vem a questão: o
quê faz a gente feliz?
E não, não é o Pão de
Açúcar.
Então o que é?
Coincidentemente (ou não
tão coincidentemente assim; mas isso é papo pra outra hora) dei de cara com uma
“lista da felicidade”. Não que eu acredite que existam listas ou fórmulas ou
segredos para ser feliz, mas é sempre bom ter um norte e comparar o que há em
comum entre as felizardas pessoas de fato felizes nessa bolota que chamamos de
mundo.
O primeiro item da lista
diz o seguinte: levantar cedo. Gostei. Sempre achei o dia mais forte que a
noite, no sentido de energia mesmo. Mas nunca fui de levantar tão cedo todo dia
quanto ultimamente. Mais que cedo, levanto bem, com um sorriso bem no meio do
rosto e o pensamento lá em Amsterdã. Item um: check!
Visualizar o dia. O
segundo hábito da felicidade abre interpretações variadas. Indo para o mais
lógico, sim: a primeira coisa que faço é abrir a cortina e deixar o dia me
abraçar igual propaganda de margarina. Já um sentido mais abstrato seria
perceber o momento, sentir o dia a dia, sentir-se vivo. E nesse sentido, faz
até mais sentido que o primeiro.
Seguindo para o número
três: agradecer. É importante agradecer o que acontece com a gente e os porquês
daquilo que acontece, nem que seja para pensar sobre tudo o que está
acontecendo. Mesmo que não se conheça o destino de cada obrigado, penso que
a melhor forma de agradecer seja agindo. Vivendo. Sorriso no rosto e
transbordando alegria, da reunião com o cliente ao atendente da padaria.
Perseguir seus sonhos e
criar hábitos saudáveis vêm na sequência. O quarto e o quinto. Posso dizer sem
medo que persigo sim os meus sonhos (a máxima “nunca desista daquilo que você
não passa um dia sem pensar” é, no mínimo, algo a se considerar). Persigo até para
dormir querendo escolher o que sonhar. Quanto à saudabilidade, venho surfando
nessa onda há algum tempo sem prazo para acabar; só melhora e só aumenta. Super
recomendo. Não pense que é difícil, só comece. Juntei esses dois pontos nesse
parágrafo, porque afinal, sonhar é deliciosamente saudável.
Vamos para o próximo:
“estar com a família”, cara. Fato que mesmo longe nunca estive tão perto.
Converso com eles todos os dias e quando os vejo só dá tempo de curtir. Pôr o
papo em dia e aproveitar. Família é fundamental. A gente sabe disso quando é
pequeno, até porque depende dela, em todos os sentidos. Depois queremos romper
os cordões umbilicais pela raiz. Queria dizer que é perda de tempo, mas é tudo parte do processo. Bem-aventurados aqueles que cedo percebem o que realmente
nos liga àqueles que chamamos família.
Segue o baile. O
cabalístico número sete diz que acreditar em si é um dos pontos mais
importantes na vida das pessoas felizes. Concordo plenamente. Se você não
acredita, como acreditar que alguém acreditaria? Quem não acredita que pode ser
feliz será feliz quando? E como? Não é sobre ver para crer. É sobre crer para
ver.
Oito. Oito é infinito. Aprender
algo novo é a bola da vez. Essa não podia estar em posição melhor. Aprender é constante e cada
vez que aprendo alguma coisa, fico feliz comigo mesmo. Por que será que as
crianças vivem felizes, oras? São milhares de pequenos, médios e grandes
aprendizados por dia! Aprendendo brincando. Brincando e aprendendo. Nunca se
esqueça de colocar estes verbos lado a lado e uma salva de palmas para o
gerúndio, por favor!
Chegando perto do final da
lista, eis que surge “presentear”. Presente é presente e é tudo o que temos
para o momento. E quando o presente é tudo de bom, o futuro vem junto e o
passado ganha cores que nem quando se chamava presente dava para ver. Meu
presente é ser presente. Não à toa “dar e receber” é o próximo item e tem tudo
a ver com o anterior. E vice-versa. Te amo, presente!
Para quase fechar e falando em amor, “fazer
o que ama” vem em penúltimo. Pára para pensar e veja se não concorda: estar feliz é fazer
o que ama e amar o que faz. Logo, todos os anteriores se enquadram aqui. Amar é
o verbo de ligação que liga todos os outros. Ser, estar, permanecer, continuar
e ficar. Amar, verbo intransitivo.
Last one!
Estão prontos? Já imaginam
o que pode ser?
É óbvio, mas é justo. Muito
justo, justíssimo.
SORRIR é o nome da fera.
Sorrir é praticamente sinônimo de ser feliz. É a síntese, o suprassumo. A
frumello no cinema adolescente. É o começo, o meio e o fim. E o começo outra vez. Quem está feliz
sorri, e o contrário também. Experimente abrir um sorrisão e veja se a
felicidade não aparece no canto da boca, ou na covinha sapeca.
Se a felicidade tivesse
cara - e tem, seria um emoji - e é, daqueles bem felizes, sorriso solto e
olhinhos semicerrados.
😄
Sorrir, alegrar, animar,
suspirar, gozar, desfrutar, brincar, ah, conjugue sorrir e aguente as
consequências: cãibra no maxilar, choro, dor de barriga e falta de ar. No
melhor sentido das expressões.
Ser feliz pode sim ser um
hábito que se pratica. Felicidade é um treino. Treino em que o jogo acontece
junto. E se der tempo de fazer alguma substituição, tire aquela cara cansada
de campo e coloque uma risada cheia de energia no lugar.
Jogando assim, não tem
como não ganhar.
Adorei o texto . Saiba que num período difícil de minha vida saquei esse pensamento: "Sorrir sempre, suportar a dor e ter paciência" Afinal tudo passa e o sorriso faz retornar o lado bom das coisas.
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