De novo outra vez Já dizia o poeta: todo grande amor só é bem grande se for triste. E não é que é verdade. Precisa passar por todas as etapas possíveis, com a maior intensidade possível. O ser humano procura isso inclusive. Já que foi intenso até agora, que seja até o final. Falar de fora, como sempre, é muito fácil. Ainda mais quando se tem experiência de causa devidamente cicatrizada. O perigo é viver a situação. Pois a mesma pode se transformar numa busca infinita. Estamos sempre atrás do novo de novo. Para se viver um grande amor é preciso ver a amada como à primeira namorada. (Ponto para Vinícius outra vez). E a gente tenta, e vê e vive... Mas uma hora termina. Transforma-se em coisa nova, ou simplesmente acaba, vai sumindo aos poucos, virando indiferença ou dor. Desaparece enfim, mas não porque acabou, e sim porque se gastou; sem cerimônia nem pudor. Sem medo que um dia acabasse. Muitas vezes, esbanjar o que se conquista é ótimo. É a forma máxima de aproveitar o que se ganhou. In