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Mostrando postagens de março, 2008
Vai e vem A fila estava enorme e o segurança irredutível. Sabrina tentou argumentar, chegou a apelar para seu charme feminino. Inútil. Ela já tinha feito sua tentativa, era a vez das pessoas de trás arriscarem e tirarem-na de lá. Já estava prestes a desistir quando reconheceu uma colega de faculdade lá dentro. Feliz e risonha, Alessandra aproveitava seu drink e conversava efusivamente com um bonito rapaz. De rabo de olho percebeu que a confusão da entrada ganhara um movimento novo, virou-se e alguém lhe acenava como louca. Pediu licença ao rapaz e aproximou-se da cena. - É ela, moço. Minha amiga. Me deixa entrar, fala pra ele, Alê. – decidida, Sabrina encarava ora o segurança ora Alessandra, que não dizia uma palavra, até que o grande homem de preto quebrou o silêncio com sua voz cavernosa: - Você conhece ela? – Alessandra olhou bem nos olhos de Sabrina, que praticamente suplicava sem emitir som. - Não. Não conheço não. – sublinhou cada sílaba proferida e sorriu com olhar de vitória pa
... só o que é de verdade Se eu fosse o meu chefe, mudaria o fim do expediente para as quatro da tarde. Daria meia horinha de lanche, e seguraria o povo até as quatro. Pronto! Depois disso cada um faz o que quiser. Aposto que todos seriam mais felizes e correriam pra finalizar tudo a tempo, pra não terem que fazer hora extra e sair tarde da noite: umas seis. Se eu fosse um milionário, uma das coisas que eu iria fazer é bater o carro. Isso mesmo. Bateria meu land rover várias vezes por dia. Mesmo podendo evitar, causaria o acidente. Logicamente em casos em que não tivesse culpa. Neguinho que corta pela direita, motoboy em sinal vermelho, outro que não respeita a preferência. Todos eles sairiam com um prejuízo maior que a própria cara de pau, e a lição aprendida. Quanto a mim, no máximo esperaria eles consertarem meu jipe enquanto usasse um dos meus outros duzentos carros. Se eu fosse uma mulher maravilhosa, caprichava num vídeo pra entrar no Big Brother e sairia já na primeira semana. A
Plunct Plact Zum! Boa viagem. Em três meses, devo ter feito essa viagem cinco vezes. Quatro horas e meia pra ir e outras quatro e meia pra voltar. Um total de quarenta e cinco horas sentado numa poltrona de ônibus, indo para São Paulo, ou voltando de lá. Resolvi então falar de um assunto curioso. Muitas vezes incômodo e pentelho, algumas outras, divertida e carinhosa, mas sempre, sempre presente: a pessoa da poltrona ao lado. Quero prender o cinto de segurança, mas o camarada usou o meu por acidente. Até ele entender o que está acontecendo, já faz cara-feia e quase parte pra cima. Na parada obrigatória, quero descer. Mas advinha? O danado deitou e esticou a perna no apoio respectivo, e não ouve meu chamado discreto. Não vou gritar e acordar o ônibus todo. Terei que pular por cima. Bem devagar, estico a perna, apóio sem muita força no banco da frente e, com a outra mão, quase já alcanço o maleiro e... Pof! O cara acorda e pula de susto. Comigo (literalmente) em cima dele! Quase que eu c