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Mostrando postagens de janeiro, 2008

Crônicas de um novo lar - texto 2

Amarelou Papai me ligou às quatro da tarde. “Toma a vacina filho. Ribeirão é rota da doença de quem vai pra São Paulo.”, médico e preocupado com a “epidemia” de Febre Amarela, meu pai me aconselhava com seriedade. Desliguei o telefone e alertei meus colegas de trabalho em voz alta. A comoção foi generalizada, afinal, um médico disse; opinião de doutor é sempre levada a sério. Muitos concordaram, outros fizeram pouco caso, mas todos pararam para pensar. Sendo sincero: nem eu tinha a real intenção de me vacinar, apenas joguei o assunto no ar para ver no que ia dar. E deu. Pelo visto não foi só meu pai que alertou algum residente de Ribeirão Preto, pois no dia seguinte, o prefeito da cidade fez uma declaração pública, dizendo que não deveríamos nos preocupar, a doença estava longe de Ribeirão e blá blá blá. Ficamos tranqüilizados por alguns dias, até que morreu o primeiro símio na região. De febre amarela. Fodeu. Meu chefe chega uma bela manhã e nos convida para ir ao posto de saúde. Eu a

Crônicas de um novo lar - texto 1

Garota, eu fui pra Califórnia Finalmente o primeiro texto sobre Ribeirão Preto. Estando a 400km de São Paulo, a viagem leva três horas, três horas e meia. Depende do carro, do clima e da burrice do motorista que além de arriscar a vida, periga em ser multado de dez em dez minutos. De ônibus, demora-se uma hora a mais; com direito a parada. Ribeirão é conhecida como a Califórnia Brasileira, por algum motivo que ainda não soube desvendar. Nunca estive no oeste norte-americano e é a minha primeira vez por aqui. Já ouvi falar que, em Los Angeles, o verão também castiga, mas lá existe o litoral do Pacífico para refrescar. Já Ribeirão Preto fica devendo até em vento. A cidade é maior do que eu imaginava e tem tudo que São Paulo tem. A única exceção que ainda não vi se chama Burguer King. E é claro, também não tem estresse, filas e trânsito. Ah, o trânsito! É incrível morar ‘longe’ do trabalho e levar infinitos quinze minutos para ir de um ao outro. Quando disse uma vez onde morava, me respon