. De que cor? Quando me diziam que a vida era feita de escolhas, achava que estavam falando o óbvio. Coisas como futuro profissional, sabor do sorvete e até mesmo qual filme pegar na locadora. Mas hoje penso que eles tentavam me alertar sobre coisas maiores. Comecei a entender num dia comum. Acho que era uma quarta-feira, meio da tarde. Saí do trabalho para a manicure. O dia tinha sido tranqüilo e conseguira desligar meu computador com antecedência suficiente para tomar um café, num lugar agradável, entre o escritório e o salão de beleza. Sentei-me ao balcão e pedi um expresso com uma gota de leite. Quase ao mesmo tempo, ouvi o homem que pedia o simples do meu lado. Os cafés chegaram. Chegaram trocados. No primeiro gole, nós percebemos o erro e (só então) nos vimos. A coincidência e o total entendimento no olhar nos fez dar risada. E rimos muito depois disso. Antes que você me pergunte: não, eu não fiz as unhas àquela tarde. Dias depois, passei no mesmo café. Aliás, sempre que passo em