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Mostrando postagens de julho, 2009
. Copo de água Eu me lembro que você sempre me trazia um copo de água. Lembro do mercúrio que você passava no meu joelho ralado, da porção de arroz sem cebola que você fazia separado e daquela camiseta que só você sabia encontrar no meu armário bagunçado. Lembro de você me buscando na primeira escola e me acompanhando até a padaria pra eu não ir sozinho. Ou então quando eu entrava no chuveiro e gritava que tinha esquecido a toalha, e você colocava na maçaneta pra mim. Eu me lembro de ir à feira com você, escolher as frutas, ajudar com o carrinho, mas na verdade eu ia mesmo por causa do pastel. Lembro que mesmo depois de grande, sem acordar a tempo, acordava com o pastel em cima da mesa da cozinha e você cortando a melancia, minha fruta preferida. Eu me lembro daquela música sertaneja que você cantava, que anos depois descobri que cantava errado, mas pra mim sempre será o jeito certo. Lembro da água na panela que você deixava esquentando que eu nunca soube por que. Do dia em que a gente
Num momento meio sem tempo, e com a inspiração um tanto quanto viciada, abro as portas para um texto que recebi ontem de uma pessoa muito querida, minha bixete preferida. Ela trabalha com banco, mas escreve de um jeito que até o Setubal se emocionaria. Sem mais delongas, Vermelho Fala, mente E arranca com força meu vestido Marca vermelho o colorido Nas costas de repente Grita Fundo e alto pra se convencer Que não sou tudo que se quer Com o meu gosto de mulher Puxa minha nuca Dedo nos cabelos E nega agora nossos elos Entorna sopro em desespero Vai Mas sem falar que eu deixo ir Não sei mentir o que sentir Na sua dor ímpar ao partir .
. Deveras Um brinde à cagada. Não a literal, a metafórica. O que seria de nós reles mortais se não fossem as cagadas? São elas que nos motivam a pensar, mudar, a tentar de novo. Não haveria graça no mundo se não as fizéssemos. É o que nos torna humanos palpáveis, distantes da perfeição. Por isso, repito: um brinde à cagada. Há épocas em que as cagadas se acumulam, parece até perseguição. Em contrapartida, acontecem muitas atitudes corretas e positivas no mesmo período. A relação é direta: a cada cagada, compensação com acertos. E é nesse sentido que a cagada se torna positiva e digna de brindes. O perigo é cometê-las e deixar tudo como está. Faça cagadas, várias delas. Peça desculpas sempre que possível, ou desculpe-se por outros meios. Mas nunca deixe de se redimir. Ser feliz não é difícil, é uma questão de prioridade. Ultimamente priorizo o sorriso. Rir no fim do erro já é o começo do acerto. Todos aceitam e entendem nossas cagadas, desde que sejamos os primeiros a fazer isso. Você d