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Mostrando postagens de agosto, 2010
Super trunfo Até hoje tive três carros. Três carros que chamei de meus. Na verdade, eu os ganhei. Nenhum deles foi um sonho novo, e sim, realidades semi-novas. Bem, cavalo dado não se olha os dentes, certo? Mesmo quando falamos de sessenta cavalos, cento e vinte cavalos? Para ser exato, não sei quantos cavalos cada carro tinha (ou tem, vai saber), mas não olhei os dentes. No máximo, mostraram-me a correia dentada; de relance. O primeiro era roxo. Era feio. Era um Ford Ka. Preciso falar mais? Não, mas eu quero. Um Ford Ka 97 roxo. Uma azeitona sem ar ou direção que me levava pra cima e pra baixo. Seu apelido: shake-móvel. Eu adorava. E adorava cada defeito nele. O fato de não caber ninguém (e mesmo assim eu colocar todo mundo dentro), a cor horrorosa, e, principalmente, o shake de pelúcia – brinde do mclanche feliz – que eu deixava em cima do painel. Um dia, uma garotinha no semáforo pediu o bichinho de presente. “Você vai cuidar bem dele?”, perguntei. Meses depois, ele (o carro) foi