Janelas e portas Apontou para um dos computadores, e um senhor, de olhos puxados e acinzentadas mechas de cabelo, confirmou balançando a cabeça. Sentou-se, deixou a mochila de lado e abriu seu e-mail. Dentre as centenas de mensagens acumuladas, uma chamou-lhe a atenção. Apenas uma. .Receou um instante, aproximando o cursor por cima do título, que assim dizia: “Bons tempos”. A seta transformou-se em dedo; bastava um clique. Em meio segundo, seu coração bateu quinze vezes e o dedo apenas uma. A tela se transformou, e a mensagem apareceu: em branco, nada escrito. Alívio. Misto de decepção. Um anexo. Uma imagem anexa – denunciava a extensão do arquivo. Quase não atingiu a força necessária para o clique, mas a hesitação do dedo tremido (infelizmente) foi o suficiente para transformar a tela mais uma vez. A foto demorou a aparecer por completo. Horizontalmente foi revelando pequenas tiras. Primeiro, tudo que se viu foi o céu. Logo depois, uma construção de madeira. Com ela, já começou a ente