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Mostrando postagens de julho, 2007

Novas idéias

A vida apronta cada uma, não é mesmo? Muitas vezes esquecemos o que não podemos esquecer. Acreditamos no que não é verdadeiro. Choramos quando devemos sorrir. Mudamos quando deverímos ter ficado no mesmo lugar. Fazemos tudo que não deveríamos fazer. Desistimos daquilo que deveríamos tentar. Ignoramos o que precisamos ver com clareza. Valorizamos o que não tem valor. Enganamos aos outros. Enganamos a nós mesmos. E a pergunta que fica é sempre a mesma: por quê? Cada vez mais me convenço de que a resposta também nunca muda: porque sim.

Sonho de criança

Ontem postei uma frase que me veio à cabeça, de repente. Daquelas que surgem de uma conversa despretensiosa, às cinco da tarde de um dia chuvoso. Duas horas depois, a maior tragédia da aviação brasileira acontecia. Na hora em que recebi a notícia, não me dei conta de muita coisa. Até porque, o choque e a preocupação tomaram conta. Fui visitar a casa da minha cunhada e passei bons momentos. Brinquei com meu sobrinho no durante muito tempo; tempo esse em que assistíamos às cenas do desenrolar do acidente pela televisão. Contraste. Tanta dor e escuridão aos meus olhos. Tanta vida e luz em minhas mãos. Muita gente jovem estava naquele avião. Não apenas jovens fisicamente, mas jovens de alma. Gente que acreditava na máxima que inicia meu post de ontem. “Nunca é tarde para correr atrás dos seus sonhos.”. Pessoas que guardavam dezenas de sonhos em uma gaveta especial, dentro do coração, esperando a hora certa. Todos eles adorariam uma segunda chance de abrir essa gaveta. Ou de poder fazer iss

Suficiente

Quinze minutos. É tudo que você precisa. Em quinze minutos, este texto já estará terminado, provavelmente. Com quinze minutos dá para fazer uma refeição – o restante é conversa e enrolação. É o tempo ideal para um bom banho sem excessos. Conhecer alguém e fazer um amigo. Ler (a parte que interessa de) uma revista inteira. Um bloco de qualquer programação televisiva dura, em média, quinze minutos. Dizem que é o tempo máximo que a nossa concentração pode ficar focada a uma única coisa, sem se distrair. Também conhecido como quarto de hora (principalmente para os de origem britânica), quinze minutos servem para refletir. Nem mais, nem menos. Quinze minutos pensando em algo é o tempo ideal para chegar a uma resolução. Menos do que isso, talvez não seja suficiente para você se colocar de fora da situação, e tudo que se vê é parcial e limitado. Com os quinze, é possível ver o todo: o antes, o agora e até o depois. E os três vistos de cima; ao mesmo tempo. Talvez esse seja o segredo de todas

Ainda é cedo

Mais uma noite no trabalho, ainda é cedo. Acho que vou pegar trânsito para ir embora – o trânsito da manhã. É curioso trabalhar à noite. Acho que eu produzo mais. Sempre fui assim, se me lembro bem. Trabalhos de escola, arrumações de quarto, enfim, eu tinha a tendência de adiar as coisas e resolver na última hora. Quase sempre à noite. Ultimamente não tem sido tendência não; é minha única opção. A parte boa de ficar até tão tarde no trabalho é ocupar a cabeça. Não dá tempo de pensar em besteira, muito menos ficar imaginando coisas. Sobra tempo apenas de pensar no primordial, no lado bom da vida e das pessoas que passam por ela. Nossa mente adora pregar peças e a gente confunde tudo. Se não há tempo nem pra confusão, as coisas vão se resolvendo. Afinal, com a cabeça vazia ou não, o mesmo camarada chamado “tempo” não deixa de passar. Outra vantagem é que, morrendo de sono, você e seu colega de trabalho ficam muito mais engraçados. Quando você menos perceber, as coisas já estão bem melhor

Um belo dia

Um belo dia, tudo mudou na minha vida. Foi meio sem querer, querendo. Um abraço aconteceu. Mas não foi qualquer abraço, não. Um momento espetacular aconteceu. Por mais palavras que utilizasse aqui, não conseguiria descrevê-lo. Troca intensa de energia e sentimento, mas tão intensa, que modificou duas pessoas para sempre. Desde então, um pouco de mim passou a fazer parte dela. E eu deixei de ser só eu; também era um pouco ela. (...) Que belo dia. Mais um ano se passou, e agora não sou mais dela. Ela não é minha, mas continua dentro de mim. E eu sei que vivo dentro dela. Por que tudo mudou afinal? Esse é um daqueles famosos momentos em que a vida vem e transforma todas as perguntas. Dói. Dói por tudo que já doeu. Dói pelo que deveria ter doído. Dói por saber que um dia não doerá mais. Simplesmente dói, porque é assim que tem que ser. Os erros, às vezes, parecem maiores que os acertos. Engano. Os erros existem para que a gente não os faça mais. É claro que cometemos outros, diferentes,