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Mostrando postagens de outubro, 2008
Palavra Cheguei de madrugada e lá estava ele, deitado no meu quarto. Respiração tranqüila, semblante de um dia daqueles. Lindo, mais do que nunca. Deitei em silêncio, e enquanto minha respiração entrava no ritmo da dele, adormeci com um sorriso no rosto. Acordei pela manhã e ele não estava mais lá. Desci rapidamente, procurando ouvir sua voz no andar de baixo da casa. Segui o doce timbre até a sala de televisão, e lá estava ele; ainda mais lindo sorridente. Ao me ver, parou de falar, encarou-me olho no olho e sorriu. A partir daí, saiu correndo pela casa, me levando pelas mãos. Parava o tempo todo e apontava para as coisas, me mostrando que sabe o nome delas todas. Cadeira, cadeira, pedra, carro, teofone. Passei a tarde inteira com ele, brincando, correndo, e descobrindo que tudo tem um nome. E que é tudo descobrir cada um deles. A gente se divertiu um monte, junto e separado. Ele se diverte sempre, eu tento seguir o exemplo. Garanto que fiz do meu fim de semana o mais especial pos
Auto-metalinguagem O cursor pisca incessantemente na página em branco do computador. Preciso de um texto novo. Por mim, pelo blog, enfim: porque sim. Não que a fonte tenha secado, mas é difícil escolher o que dizer e ter tempo suficiente; às vezes. Principalmente quando tudo gira em torno disso. Por mais que a gente ame, cansa. Aliás, só acontece com literatura? Muitas opções, idéias, coisas que vivi, coisas que podem encher as linhas que se seguem de forma literal, ou ao menos, influenciarem alguma ficção ou fantasia. Coisas e mais coisas. Tantas e tão poucas realmente novas (ainda não divididas) que tornam difícil a escolha. Aliás, só acontece com literatura? Mais complicado que a escolha em si é abraçá-la até o fim. É. Com os dois braços e trazer para perto do peito – e com ela ir até aonde for, até onde ela te levar. Escolhe uma, larga. A outra vai mais adiante, mas não vê graça. Odiei esta terceira. Quarta? Ficou pessoal demais. Quinta, sexta, sétima que já se mistura com história
From: Fernando C. Tardivo To: Carlos Date: Fri, Oct 10, 2008 at 09:03 PM Subject: Idéia Chefe, Tenho uma idéia para a agência: que tal se todos os funcionários trabalhassem dia sim, dia não? Em forma de revezamento, obviamente, a equipe estaria motivada todo dia. Pois todo dia de trabalho seria uma sexta-feira. Repare no clima ameno e descontraído das sextas. E o porquê? Porque no dia seguinte ninguém acorda tarde, ninguém fica preso na agência até altas horas, ao contrário: todo mundo sabe que vai se divertir. E a diversão será tamanha, que só a idéia e o planejamento de concretizá-la já divertem. Mais do que isso, ao voltar para o trabalho no “dia sim”, estaríamos descansados e empolgados, graças ao “dia não”. Pense nas possibilidades, visualize o sorriso no rosto da sua equipe! Matematicamente falando, pouco muda: em sete dias, a alternância gera três folgas. Um dia a mais de descanso e muito resultado a mais para a agência. A propósito, hoje é meu dia não. Qualquer coisa, me procu
Memória curta - Mas você vai hoje? - Claro... não tem porquê ficar. - Passa mais essa noite. Amanhã cedo você vai. - Não, prefiro ir hoje mesmo. - Tudo bem. Já sabe pra onde vai? - Não, qualquer coisa durmo num hotel. - Bobagem... - Você viu meu DVD do Brilho Eterno? - Acho que a gente emprestou pro Pedro. Não foi? - É mesmo. Depois eu pego então. - Olha, esse edredom é seu. - Tô levando o outro, e você não tem nenhum. - Eu passo numa lavanderia e te devolvo depois. - Não precisa. Fica. - Fica você. - Já disse que tô indo. - Olha que eu não vou pedir de novo. - Tchau, André. ******************************************** - Você vai ficar quieto o jantar inteiro? - Pra não falar merda, prefiro não falar nada. - Como você é estúpido. - Tá vendo? Você devia ter feito o mesmo. - Infelizmente eu não tenho doze anos e prefiro resolver as coisas. - Resolver o quê? - Você só pode estar brincando. - Eu não vejo motivo pra essa conversa. Eu tive um dia de merda, você também. A gente discutiu e pro